Imagens de seres humanos
bóiam nos rios como bonecos
de plástico. É A Vergonha
a toda a hora na televisão.
Os soldados abrem valas comuns,
as escavadoras levantam corpos
que se despedaçam. Não vão esquecer,
nunca mais dormirão como dantes.
O cheiro, os abutres
na berma da estrada a criança
só que ninguém vê. Deve ser
o fim do Mundo ou o princípio
de qualquer outra coisa.
Décimo Terceiro Livro, EROSÃO DE SENTIMENTOS, Editorial Caminho, 1997, Lisboa
terça-feira, 1 de junho de 2010
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